Addicted ² - 37° Capítulo - Penultimo Capitulo

Addicted ² - 37° Capítulo - Penultimo Capitulo 

Senti um ódio tomar conta de mim, e contei de 10 até -10 para não cometer um assassinato. Me recompus, não seria uma mulher de brigar por homem, iria seguir com o divórcio, se era isso que ele havia dito para Pérola, e na pracinha, eu estaria lá.

Eu estava vestindo uma saia 3 palmos acima do meu joelho, coisa que eu achei um pouco curta demais, mas eu estava queimando, por dentro e fora. Uma blusa branca com detalhes pretos combinando com a saia, um All Star qualquer e coloquei óculos escuros no caso de eu entra-se em desespero e deixa-se algumas lágrimas caírem. Fiquei esperando na praça, estava 10 minutos adiantada. Me escondi atrás de uma árvore apoiada nela, vigiando, me sentia uma policial, logo Arthur chegou, mexia no cabelo nervoso, os cabelos estavam molhados e ele mordia o lábio, olhando de um lado para o outro, sentou-se em um banco próximo a canteiro, balançando uma das pernas. Logo Pérola chegou com um vestido rosa com um cinto cintilante e um sorriso no rosto, o que me fez sentir inveja de sua alegria e disposição.
Deu um beijo no rosto dele, e ambos embarcaram em uma conversa amigável, até agora, inocente, culpado somente por uma mensagem no celular que eu fucei. Ela pareceu estar preocupada com algo, colocou as mãos na cintura, e ele fez questão de tirá-las e pô-las no seu próprio rosto, e depois tocou o rosto dela e a beijou. Ele a beijou, ali, no meio da praça, no meio de todo mundo, para qualquer paparazzi que quisesse ver, como fazia comigo. Senti um ódio subir pela minha garganta, que também poderia ser vômito, mas o engoli com muito nojo. Dei passos fortes, empurrando-o.

"-Hey! Você é malu... Lua?" A expressão dele fechou, a boca também. Nenhuma palavra, explicação. Ele nem ao menos teve essa dignidade. Senti Pérola me tocar o ombro.
"-Lua... Eu sei que é difícil depois de casados o divórcio. Mas não precisa ser assim. Eu não quero ser uma destruidora de lares, mas eu e o Arthur nos amamos... Entende?" Olhei para ela, tinha aquele olhar doce e ao mesmo tempo apreensivo.
"-Divórcio?" Franzi meu cenho, eu não estava compreendendo nada, e ao mesmo tempo tudo. Minha cabeça parecia girar, estava tonta, meus olhos pareciam derreter em forma de lágrimas. Ela também não entendeu.
"-Arthur... Você não pediu o divórcio a ela?"
"-É Arthur. Não pediu?"
"-Olha... Eu posso explicar... É que eu... Vocês duas..." Ele se engasgava com as palavras.
"-Preferiu a duas, em vez de uma escolha, não é? Você é... É... Escroto!" Eu chegava a soluçar.
"-Lua... Não fala isso, eu... Te amo." Olhei para o lado, Pérola estava paralisada.
"-Vá para o inferno." Disse, e sai correndo em direção ao meu carro. Entrei, ouvindo as batidas de Arthur no vidro. Liguei o carro, dei a partida, acelerador.

10 minutos.
20 minutos.
2 horas.

2 horas que eu estava de carro, estava em uma Avenida ou algo parecido, eu não sabia ao certo. Arthur estava no carro de trás. Não sabia nem ao menos onde eu ia. Não conseguia enxergar nada. As lágrimas atrapalhavam minha visão. E a última coisa que eu ouvi foi a buzina de um caminhão.